Anvisa orienta suspensão do uso da vacina da Oxford/Astrazeneca em mulheres grávidas

Por: Redação Jornal Visão

Em nota técnica, o órgão regulador afirmou que os gestores públicos deveriam seguir as indicações que constam na bula do imunizante e somente recorrer a vacinas “off label” (recomendação que diverge do laboratório que produziu a droga) em casos de apresentação de prescrição médica que indique a necessidade da aplicação da vacina.

A bula da vacina contra a Covid-19 da Oxford/Astrazeneca não recomenda que gestantes utilizem o imunizante sem orientação médica. A Anvisa pediu aos representantes do Executivo que sigam as instruções emitidas pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de imunização (PNI).

Nesta terça-feira (11), ao menos seis prefeitos e dois governadores ordenaram a suspensão do uso do imunizante. As Secretarias Estaduais de Saúde de São Paulo e Rio de Janeiro determinaram que a vacinação seja suspensão a partir de hoje até que o PNI divulgue novas diretrizes para a imunização do grupo de mulheres grávidas e puérperas.

Entre as capitais, Aracaju, Goiânia, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram a suspensão da aplicação da vacina Oxford/Astrazeneca em gestantes. Alguns desse prefeitos,no entanto, preferiram substituir o imunizante para continuar com a campanha de vacinação destinada às mulheres grávidas, como fizeram as Secretarias Municipais de Saúde de Aracaju, Goiânia e Porto Alegre, que orientaram o uso da vacina da Pfizer.

A capita paulista não prosseguirá com a vacinação de gestantes, mas anunciou nesta terça-feira a ampliação da campanha aos seguintes grupos: metroviários, ferroviários, mães de recém-nascidos com comorbidades e pessoas com deficiência permanente inscritos no Benefício de Prestação Continuada (entre 55 e 59 anos).

Em nota, outras cinco prefeituras (Curitiba, Belo Horizonte, Manaus, Recife, Salvador e Florianópolis) se posicionaram sobre a determinação da Anvisa e informaram que seguirão normalmente com a campanha em seus territórios, porque utilizam a vacina da Pfizer desde que anunciaram a convocação do grupo.

O prefeito de Recife, João Campos (PSB), usou as redes sociais para emitir a posição do município em relação às orientações da Anvisa. “Como fez desde o início, o Recife segue vacinando gestantes e puérperas exclusivamente com a Pfizer, vacina que passou por estudos específicos para este público. A medida foi adotada antes da decisão da Anvisa que recomendou a suspensão do uso da AstraZeneca para grávidas”, escreveu.

Onde muda e o que muda?
Estados

Rio de Janeiro (suspende Oxford/Astrazeneca)
São Paulo (suspende Oxford/Astrazeneca)

Municípios

Aracaju (suspende Oxford/Astrazeneca e substitui por Pfizer)
Goiânia (suspende Oxford/ Astrazeneca e substitui por Pfizer)
Porto Alegre (suspende Oxford/ Astrazeneca e substitu por Pfizer)
Rio de Janeiro (suspende Oxofrd/ Astrazenca)
São Paulo (suspende Oxford/ Astrazeneca)

Utilizam Pfizer e continuam vacinando normalmente

Belo Horizonte
Curitiba
Florianópolis
Manaus
Recife
Salvador

Fonte: CNN Brasil

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