Coronavírus: como proteção de Pfizer e Astrazeneca enfraquece com o passar dos meses
Pesquisadores afirmam que estão observando uma diminuição da proteção contra infecções por Covid-19 em pessoas que receberam as duas doses da vacina.
Um estudo, realizado no Reino Unido com dados do mundo real, analisou resultados positivos do exame PCR entre maio e julho de 2021 de mais de um milhão de pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer ou AstraZeneca.
A proteção após duas doses da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em de cinco a seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% em de quatro a cinco meses.
A redução da proteção é esperada, de acordo com os especialistas.
Embora haja casos de infecção em indivíduos totalmente imunizados, as vacinas ainda estão fazendo um bom trabalho na proteção da população contra a forma grave da doença e mortes por Covid-19.
Vacinas salvam vidas
O Public Health England, agência de saúde pública do governo britânico, estima que cerca de 84,6 mil mortes e 23 milhões de infecções foram evitadas como resultado da campanha de vacinação contra Covid-19 na Inglaterra até agora.
O professor Tim Spector, da Universidade King’s College London (KCL), que liderou o estudo com base em dados do aplicativo de pesquisa epidemiológica Zoe Covid, afirma que as descobertas podem explicar as infecções recentes que algumas pessoas totalmente vacinadas têm relatado.
“A diminuição da proteção é esperada e não é razão para não ser vacinado”, diz ele.
“As vacinas ainda fornecem altos níveis de proteção para a maioria da população, especialmente contra a variante Delta, então ainda precisamos do maior número possível de pessoas para sermos totalmente imunizados”.
Ele estima que a proteção contra infecções pode cair para 50% no inverno e serão necessárias doses de reforço — mas outros especialistas pedem cautela ao fazer previsões para os próximos meses.
Fonte: yahoo