Miguel Falabella interpreta deus “perturbado” e ativista LGBT no teatro

Por: Redação Jornal Visão

O ator e diretor Miguel Falabella está em cartaz no teatro com uma peça em que se passa por Deus. No texto, adaptado de um espetáculo norte-americano, o Todo-Poderoso está perturbado com o conservadorismo das pessoas na Terra, e resolve defender as minorias e seus caprichos.

Miguel Falabella em cena

Miguel Falabella em Cena.

O ator e diretor Miguel Falabella está em cartaz no teatro com uma peça em que se passa por Deus. No texto, adaptado de um espetáculo norte-americano, o Todo-Poderoso está perturbado com o conservadorismo das pessoas na Terra, e resolve defender as minorias e seus caprichos.

Falabella, que é homossexual, adaptou a peça “An Act of God” (“um ato de Deus”, em tradução livre), de autoria de David Javerbaum, para o público brasileiro. Por aqui, o espetáculo se chama apenas “God”, e faz críticas às pessoas e ideias que discordam das bandeiras das, chamadas, minorias.

 

“Diante da recente onda conservadora que invade o Brasil e o mundo, com muitos propagando um ódio nada cristão em nome de Deus (a internet é um dos espaços no qual isso acontece cotidianamente), o texto ganha maior contundência, sobretudo quando critica o preconceito contra minorias, sobretudo em relação à homossexualidade. Falabella provoca e desconstrói mitos”, avaliou o blogueiro do Uol Miguel Arcanjo Prado, crítico de teatro.

Durante a peça, o personagem deus, interpretado pelo ator carioca, se diz em crise por causa das ações dos humanos, que não conseguem conviver entre si: “Eu devia estar fazendo terapia, devia tomar tarja preta, porque há algo de muito errado comigo”, diz o personagem, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.

O ator desconversa quando questionado sobre os temas tratados na peça, e afirma que a referência a Deus é uma forma de discutir como “nós estamos nos destruindo”. “[O texto] é repleto de citações ao mundo moderno e tecnológico, há críticas à histeria e às novas síndromes decorrentes do uso excessivo do celular e dessa nova linguagem que se estabeleceu entre os humanos”, minimizou Falabella.

A demonstração da visão particular de Falabella sobre Deus está em seu resumo do que é o personagem em sua peça: “Achei muito curiosa a ideia de um stand-up com Deus, um Deus que nos criou à sua imagem e semelhança, portanto um Deus mundano, com todos os nossos problemas”, encerrou.

Fonte:Gospel Mais

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