Raso da Catarina: Única reserva biológica de caatinga no mundo

Por: Tiago Santos

A região mais inóspita do semi árido brasileiro, localizado no norte da Bahia entre os municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Canudos e Macururé, está o Raso da Catarina. Inicialmente pertencente a índios da tribo Pankararés, atualmente a localidade é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e Estação Ecológica, fiscalizada pelo Ibama. Com 99.772ha a reserva abrange ainda parte dos municípios de Paulo Afonso, Rodelas e Jeremoabo.  A área é dividida em reserva biológica e indígena onde vivem os pankararés. A área de reserva biológica de caatinga é considerada única no mundo.

O Raso recebe esse nome porque seu relevo é quase toda sua totalidade, plano com vegetação rasteira e Catarina é em homenagem a proprietária da Fazenda Catarina, que existe até hoje na região. 

 

A seca é comum no Raso. Com temperatura que chega a atingir 43 C é difícil até se refrescar nos rios que cortam a região, pois a grande parte tem vida curta e o único que se mantém é o Vaza-Barris que forma o açude de Cocorobó. É difícil encontrar água por lá. É preciso muita sabedoria e astúcia, já que elas se escondem nas depressões nas rochas ou em locais onde o lençol de água subterrâneo fica próximo a superfície.

SECA – Quem por lá habita, sobrevive por longos períodos de seca, já que com o solo árido, plantação não faz efeito. A saída é a criação de cabras e ovelhas, animais que resistem a esse tipo de solo e o sertanejo consome sua carne, porém o leite é reservado para os filhotes dos animais. O gado é criado solto e por muitas vezes, pode-se ver um típico vaqueiro, vestindo sua indumentária tradicional em couro a procura do animal.

A primeira vista, parece um território desolado, onde só brotam cactos, bromélias e imbuzeiros. Mas basta uma chuva leve para que a passagem acinzentada se transforma em verde. Nessa área localizada no Nordeste da Bahia, convivem vaqueiros, sertanejos, milhares de espécies de plantas (xiques-xiques, mandacarus, coroas de frade, os facheiros, as palmatórias etc), centenas de animais pouco conhecidos da ciência (arara azul de lear) e uma sociedade de índios panklararés.

Por Tiago Santos / Com informações UPB 

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