REPORTAGEM: Reintegração de posse Índios da comunidade Kariri Chocó em Paulo Afonso (Fotos e Vídeo)

Por: Tiago Santos

A Defensoria Pública da União (DPU) em Salvador solicitou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), nessa terça-feira (23), que o prazo de 45 dias de suspensão da reintegração de posse da área ocupada por 170 índios da comunidade Kariri Chocó em Paulo Afonso (BA) seja contado depois de ouvidas as testemunhas requeridas pela instituição e pelo Ministério Público Federal (MPF).

Em março, a pedido da Defensoria, que sinalizou a falta de um plano de medidas protetivas aos indígenas, o tribunal suspendeu a decisão favorável à desocupação e determinou à Fundação Nacional do Índio (Funai) a elaboração de um plano de retirada das famílias.

O prazo foi encerrado, e na manhã desta quinta-feira (25) o MPF com apoio das PRF, Civil e Militar, Cipe Caatinga, Samu e Corpo de Bombeiros Militar realizaram a reintegração de posse para a empresa Uzi Construtora.

De acordo com o defensor público federal Átila Dias, é preciso garantir a ampla defesa, uma vez que, ao contrário do que alega a Uzi Construtora, que afirma ser cessionária e ter a posse do terreno da União, moradores da localidade afirmam que há mais de 20 anos o terreno não possui destinação social nem econômica.

Ainda segundo Dias, a Funai vem se empenhando para cumprir o disposto na decisão, porém o prazo de 45 dias é insuficiente, em virtude da indisponibilidade de acesso aos autos físicos do processo e da própria ausência de terrenos da União na região com as características necessárias para o assentamento dos indígenas.

Confira o que disse o cacique Jailson, Líder da tribo Kariri Chocó :

Assista:

Em coletiva de Imprensa assista o que disse o procurador da República Bruno Lamenha

Assista:

 

Documentário –  ‘’Nas Lentes do Repórter ‘’por Tiago Santos

 

A ordem já foi dada, reintegração de posse da área será necessário…

Nem por força, nem por violência ‘’Assim o dialogo acontece”

Com tristeza índio prepara a dança …

 

O que dizer de quem não tem pra onde ir…

Sem ter o que falar, com uso da tecnologia, o jeito e registar…

Em contraste com a situação, mãe e filho posam para o retrato…

Se não há quem possa resolver, o jeito e permanecer em silêncio…

Enquanto os homens brancos ajudam a retirar, para ser reconstruído daquilo que sobrou.

”Para onde toda essa gente vai depois, disso tudo, não sei, o que sei é que essa história teve início há um certo tempo atrás, em meados de 1500 no sul da Bahia”.

 

Por Tiago Santos / Redação Jornal Visão/ Com Informações tribo Kariri Chocó e MPF

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